segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Vários....

(Esse post é resultado de alguns textos que tenho escrito mas nao tenho tido tempo de postar, entao vai na ordem cronológica...)

IMPRESSOES SOBRE A SOCIEDADE DINAMARQUESA: O MOTORISTA DO BUSAO. (sem data)
Convenhamos, não é em todo lugar do mundo que você pode falar em inglês com o motorista do busão. Entre estes lugares podemos destacar os EUA, a Inglaterra, a Austrália, a Dinamarca, a Escócia, a... epa, peraí. A Dinamarca?!??!?! Sim, a Dinamarca.

Todos já ouvimos estórias do tipo "na europa todo mundo fala inglês" (o que eu já não sei se isso é verdade), mas você esperaria realmente que o motorista de busão fosse bilíngue? Pois aqui até eles falam inglês. Até agora econtrei apenas uma pessoa que não pudesse falar muito bem o inglês, mas ela ainda mandava várias frases e conseguimos nos comunicar no final das contas. Eu acho isso impressionante. Todo mundo fala o inglês muito bem. TODO MUNDO.

No começo eu até ficava meio sem graça de chegar falando em inglês com o caixa do supermercado, penso que é um desrespeito a cultura do povo local, eu devia pelo menos me esforçar pra falar alguma coisa na língua nativa e tudo o mais. Mas agora já desisti, é inglezão mesmo pra todo mundo e boas. Eu fui aprender a falar cerveja em dinamarquês só ontem, e olha já estou aqui a um pouco mais de uma semana, oras. E eu nem consegui aprenderr direto. É Ol. Mas deve-se falar como se estivesse chamando o Hugo. É foda. Nada de dinamaquês pra mim.
(A propósito, o motorista de busão é trilingue, porque ele tem que saber o dinamarquês, ele aprendeu o inglês e ainda sabe a língua do país de origem, haja visto que a graaaande maioria deles são imigrantes. É mole?).

ALGUMAS NOVIDADES... (10/10)
Esse post nao tem tema específico. Só vou contar algumas coisas que tem acontecido por aqui.
Terminei meu estágio lá na DHI. O rio rodou, entreguei meu relatório e ainda consegui tirar uma foto da nossa cerveja vespertina, no dia da minha despedida, uhauhauha. Legal demais.

Voltei pra Kommune, e extendi meu estágio por mais uma semana, ou seja, meu ultimo dia é 12/10 (salve nossa senhora aparecida). Entao, na terça-feira dia 16/10 deixo Aarhus pra sempre e vou começar meu mochilão. Primeira parada: Copenhaguen. Segunda parada, provavelmente Berlin, e depois só Deus sabe. Se você tiver uma sugestão, manda pra mim que eu checo com meus proprios olhos. Você decide. A única coisa que eu sei, fora a primeira parada, é que dia 03/11, tenho uma passagem só de ida, de Dortmund pra Istambul. Prometo que posto no blog cada lugar que eu passar, ok?

Voltando a Kommune, essas duas semanas que tive lá foram muito legais. Conversei com o chefe do grupo de "planejamento de esgoto". Fizemos um itinerário de um dia inteiro, com direito a aula de legislação dinamarquesa e visita técnica. Depois visitei uma estação de esgoto, a Viby (Vibiuu). Lodão ativado, diboa. A única diferença é que a estação toda é controlada da telinha do computador. O sistema é o tal do Dims. Também da DHI. E acompanhei uma auditoria ambiental também. O cara da Kommune foi visitar um "centro de coleta". Não temos tradução para isso. É o lugar que ce leva o seu lixo que não é recolhido na sua casa, como entulho, televisão, sofá, lâmpada, computador e tudo o mais que não seja resto de comida, papel ou garrafa de cerveja (exageros a parte, é claro). Gostei muito de conversar com o auditor. Ele quis me dar umas carcadas, ou falar que a Dinamarca é o melhor país do mundo, sei lá o porquê disso (é claro que sabemos porque, já discuti isso com vocês antes), mas ele tem umas visões muito legais sobre a função do governo na tocante ambiental. Pena que o cara é uma anta. Ele me perguntou se tem selva no Brasil. "Do you have jungle on Brazil?" Sei lá porque ele falou isso (isso eu não sei mesmo). Mais uma vez, todo mundo me tratou bem, até a anta. Fora isso, trabalhei na minha apresentação. Sexta-feira dia 12/10 (salve rainha mãe de misericórdia...) fiz uma pequena apresentação sobre a situação ambiental do Brasil. Fica frio, galera. Fiz a nossa. Entre um slide e outro colocquei uma foto dumas mina de biquini em copacabana e dumas cachoeiras que os caras vão pagar um pau. Brincadeira, lógico. Mas deixa comigo. Ninguém vai mais pensar que somos macacos depois dessa. É, mas enquanto isso, quinta-feira, 11/10, eu pesquei com o Lars, no horário do expediente, e depois vou jantei na casa do chefe, o Morgens. Conheci a família dele e tudo mais. Legal.
Beijo pra todo mundo.
Pescaria no maior rio da Dina. Niguém pegou nada, só eu peguei um Bass Dinamarques, mas na hora que chegou perto da borda ele escapou, parece coisa de amador...
Essa é a imagem que vai ficar guardada na minha mente sobre a Kommune. É isso que tinha na entrada do banheiro deles. Demorei uma semana pra tomar coragem e entrar. E dois dias antes de terminar meu estágio entro no banheiro e dou de cara com uma mulher. O banheiro é realmente unisex.
Esse é o Bruno. Pareceiro das paradas mais loucas ocorridas em Aarhus. Ele vai ficar mais um bom tempo passando frio na Dina. Mas a gent se ve de novo. Abraco.


TEEEEEEEEEM INICIO O MOCHILAO: COPENHAGUEN É DIBOA (19/10).
Ei pessoal, como vão? As notícias aqui são várias.

Primeiro a despedida de Aarhus. Não teve festa mas me despedi de cada um, dando uma pulseirinha "indígena" pra cada e falando que são bem-vindos no Brasil e etc. O zelador veio checar se eu tinha destruido o quarto e constatou que ele estava bem limpinho. Ele me pegou foi no banheiro, falou que eu não tinha limpado direito a parede, o vaso e a torneira, e então precisaria chamar a Limpeza pra tomar conta, e vão tirar isso do meu cheque calção. Mas eu já estava preparado pra isso. Todo mundo falava que ele era (nasty) safado. E então parti para o mochilão.

Primeira parada, Copenhaguen. Capital e maior cidade da Dina, tem algo em torno de 1,3 milhão de habitantes e é uma "cidade grande". Bem diferente de Aarhus. E o que percebi nos dias que passei aqui é que a juventude é exatamente como em Aarhus: amigáveis. Ja os mais adultos são bem reservados. Mas a cidade em si é muito bonita e parece ter uma vida bem agitada. Cheguei na terça a noite, 16/10, e sem avisar nem nada apareci na casa da Mariana. A Mariana eu conheci por email, e ela veio para a Dina no ano passado pelo IAESTE, mas agora está fazendo o PhD em Copenhaguen. Mas deu tudo certo, o irmão dela, o Leonardo, está passeando por aqui também, então demos um rolê juntos. Mas ela me deu macarrão, tomamos uma no bar da universidade e dormimos.

No dia seguinte eu e o Leo fomos andar pelo centro, e conheci a cidade. Visitamos um tal de Torre em Espiral, de onde se tem uma vista da cidade, depois fomos no castelo do rei Frederik IV, que é um quarto-e-sala se comparado ao do Luis XIV, o Versailles. Mas a sala do tesouro foi muito louco. A coroa estava exposta. Eu não tinha noção que uma coroa era um negócio tão rico. Demorou um ano pra fazer, é cheia de detalhes minúsculos e a pedra preciosa que você imaginar tem lá no meio. É impressionante. Fico imaginando a coroa de um rei de verdade (é porque a Dina é pequenina, já falei do quarto-e-sala).

Depois fomos no jardim botânico da cidade. Esse sim foi legal. Aquela paisagem típica do outuno europeu estava lá. As árvores com folhas vermelhas, amarelas e outros tons entre eles. Lugar muito legal pra gastar um tempo.

Depois fomos na internacionalmente famosa (pelo menos pra quem é do ramo, uhauhua) Christiania. Esse lugar é a última comunidade hippie do mundo e está na ativa desde 1971. Lá as pessoas tem suas próprias leis, ninguém paga imposto pra morar e se autodenominam livres. Com certeza vale a visita e é um lugar no minimo curioso. Fomos lá dois dias, em horários diferentes e pareceu-me um lugar diferente de uma vez para outra. Pode ser tanto o lugar mais rampeiro e fedorento quanto um barzinho com ambiente agradável, gente chique e atendimento na mesa (pelo menos para os padrões dinamarqueses, pois aqui não tem garçom). O pessoal fuma haxixe diboa e o Léo, que sempre carregava o violão, fazia a festa do povo nórdico aqui. Durante o dia vimos vários grupos de turistas com guias e tudo o mais, afinal não se pode negar o valor histórico e social de um negócio desses. E parece que ela não vai acabar tão cedo. Conhecemos uns jovens que moravam a algumas quadras de lá e eles dizem que vão ao lugar desde pequenos e que sempre ouviram histórias sobre acabar com o lugar, e é uma eterna briga entre polícia e a comunidade, mas o quarterão está lá até hoje. De volta pra casa, comemos a sopa da Mariana e cama.

Na quinta eu visitei a universidade, DTU (Universiade de tecnologia da Dinamarca), fui no dep. de Eng Ambiental e a Gitte me recebeu muito bem. Eles adoram estudantes sulamericanos porque somos um "povo muito social". Ok. Conversamos sobre o curso e tudo o mais. De tarde fizemos um passeio de barco pelos canais, e foi legal porquê passou em todos os pontos turísticos que não tínhamos visto: a pequena seria, a Ópera, umas outras torres e etc. Depois fomos a uma festinha num apartamento dum pessoal da IAESTE e deu que a festa se prolongou pela noite de Copenhaguen até altas horas da madrugada.

E foi isso, neste exato momento estou no trem para Berlin e para novas aventuras, sempre. E deixando a Dina para trás, mas não posso dizer para sempre. Talvez um dia eu volte. Como última recordação desse povo bêbado, relato rapidamente o que presencio: O trem tem um corredor no meio e de cada lado há quatro poltronas dispostas de frente duas a duas e com uma mesinha no centro. E o que está acontecendo é que eu estou na janela, não há niguém ao meu lado, mas à minha frente e nas quatro poltronas ao lado tem três senhores e três senhoras de idade já bem avançada, e não são casais. Mas desde que a viagem começou, há uns 90 minutos atrás, eles ja mataram duas garrafinhas de Snaps (é forte que nem pinga, já falei), e mais duas brejas cada um. E toda hora ficam gritando Skol (saúde) e comendo umas frutinhas. Um deles está fazendo aniversário. E eles conversam comigo em dinamarquês, eu respondo em português e a gente se entende, uahuahua. Os veinho são foda, meu.

Acompanhem o blog, galera. Descobri que uma boa coisa pra se fazer durante as viagens de trem é escrever. Por isso, a cada novo destino, pelo menos uma nota eu prometo.
Beijo pra todo mundo.
Quarto-e -sala

Coroa dos reis que passaram pela Dina
Bunda da pequena sereia (direita, em cima da pedra) e eu.


Léo e eu na porta da Christiania
Jardin botanico. O legal do outono aqui é que as árvores mudam de cor todo dia. Paisagens bem legais. Foda é o frio, que já comecou a pegar!

2 comentários:

Anônimo disse...

Nossa Thales a viagem tá sendo boa mesmo hein, tô vendo que vc ta se divertindo bastante aí...

Aproveita e garante as visitas nas universidades mesmo.

O negócio seria vc encarar a conversa com os velinhos a toda, hehehe, pede um gole da pinga e conta umas piadas...

Abração e se cuida mano!

Anônimo disse...

Ae...quer dizer que realmente tem coisa pra fazer ai na Dina??hehehe...loco hein!!
Aproveita bem que a vontade para voltar depois é absurda!!!
Abração!!