quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Fim-de-semana em Aarhus.

Saímos de Paris as 23 horas da sexta-feira, 10/08, num ônibus com destino a Londres, onde pegaríamos o avião para Aarhus. A viagem é tranquila, o problema é a imigriação. O pessoal do UK está pegando pesado com Brasileiros. Mas, no final, a mulher só ficou atrasando a nossa viagem, pois pegamos o carimbo e viemos pra Londres. Só vi a cidade de dentro do ônibus, mas me pareceu muito legal.

Pegamos o avião e chegamos a Aarhus. Chegando em casa, o Taus, que mora comigo, havia preparado uma refeição tradicional do natal dinamarquês, que consiste basicamente em batatinhas nórdicas assadas com um molho marrom e doce bom pra caramba, cenoura roxa e uma carne de porco show. Esse prato tem um nome impronunciável que eu nem lembro. Logo após a janta, começou a chegar uma galera doida e cada um trazia uma garrafa de um negócio diferente e todo mundo estava bebendo e então resolvi que era hora de apresentar a pinga pra galera. Eu vim consideravelmente carregado: trouxe 8 garrafas de 350 ml de uma pinguinha até que razoável, trouxe cinco garrafinhas daquelas de plástico da 51 (sacanagem) e ainda uma Sagatiba.

Bom, soltei logo a 51 nos seres, que se interessaram muito. Perguntaram logo como se tomava aquilo, eu falei "shots". Já arrumaram um copo de dose num sei aonde e todo mundo experimentou. As reações foram aqueles "argh", "hurgh" e caras feias como estamos acostumaddos. Mas teve um cara, cujo nome é Ãnus (sim, eu chamo ele de ãnus), que disse que gostou.

Como ninguém mais iria tomar a marvada, a Juliana começou a fazer caipirinha pra galera. Aí sim a galera curtiu. A gente não vencia fazer as caipirinhas que o copo tava logo vazio. Todo mundo falou que eu poderia ficar rico vendendo um drink desses na balada. Até que não é má idéia, hein?

Voltando ao Ãnus. Ele é um cara gigante, tipo Viking mesmo, ele é mais velho, tipo uns trinta e poucos. E o cara gosta de tomar uma, meu. Ele tava tomando um goró que chama Stroh. É uma bebida austríaca feito a base de não-sei-o-que que tem nada mais nada menos que 80% (é, oitenta por cento) de graus GL. Só pinguei a língua no líquido e o bagulho já queimou. Mas ele disse que o normal é tomar com chá e mel. Bem quente. Então, ele já tinha virado meu fã, foi fazer o tal do drinque pra me mostrar. E não é que fica bom mesmo. Ele disse que no inverno daqui é a única coisa que esquenta. Daí ele já tava efervecido pelo momentom, pela bebida tradicional brasileira, pelo Stroh, pelo som que a gent tava fazendo (teve um cara aqui, o Lars, que quis gravar eu tocando gaita com ele no violao!!!! Naum é brincadeira, naum, a Juliana viu) e tudo o mais que ele foi buscar a bebida tradicional dinamarquesa pra eu experimentar, é o tal do Snapsh (é assim que fala, mas não sei se é assim que se escreve). Essa tem graduação alcoólica de 25% e nada demais no gosto. Como forma de gratidão ao seu interesse, dei logo pra ele a garrafa de 51 que sobrou. Huhuahuahauhauh.

No dia seguintee, acordamos e fomos reconhecer o que havia de turístico em Aarhus, que é a cidade que moro agora.

E não é que tomamos um passa-moleque dos dinamarqueses? Fomos nessa tal de praia de Moesgard, chegando lá, pasmem, mó solzão, as meninas que não estavam de biquini estavam de calcinha e sutiã (juro, pode perguntar pra Juliana) e as véia só no topless. E a gent, com camisa do Brasil e tudo, de bota, calça comprida e blusa. É mole?

Depois fomos visitar essa tal de Den Gamle By, que é uma "cidade" reconstruída e simula a vida como ela era do século XVI ao XIV. É legalzinho, ver as casas antigas e tem uns atores passeando pela vila. Mas legal é saber como ela foi construída. O pessoal responsável procurou várias casas antigas em toda a Dinamarca, e literalmente transportou-as para este espaço, transformando-o em uma vila. Mas fora isso, é pra ir uma vez só e chega.

Depois jantamos em um local muito legal que tem aqui. são vários restaurantes à beira do rio (na verdade é um córrego, na Dinamarca tem apenas um único curso dágua que se assemelha a um rio). Engraçado foi depois que a garçonete trouxe os pratos, ela na mesma hora já trouxe a conta. Daí eu fiquei meio sem jeito e paguei. Na mesma hora ela me deu o troco, falou bom apetite e vazou. Pensamos que ela tinha feito isso só porque eramos brasileiros, a essa altura já tinhamos ficado amigos dela, e comecei a reparar que todo mundo pagava a conta antes de começar a comer. Sistema bizarro o deles...

Voltamos pra casa e dormimos cedo porque no dia seguinte seria meu primeiro dia de trabalho. Mas sobre isso eu conto depois. Ficamos ainda juntos pela cidade na segunda-feira e na terça de manhã, dia 14/08, levei a Juliana no aeroporto, onde tivemos um despedida meio que triste, porque afinal de contas vamos ficar mais de três meses sem nos verrmos.

Essa foi minha passagem pela Europa na companhia da minha namorada Juliana. É uma coisa que eu nunca poderia imaginar: passar uma semana com a namorada em Paris e em uma cidade no interior da Dinamarca. Coisa de sonho mesmo. Mas aconteceu e eu estou muito feliz.
Obrigado pela companhia, Juliet, não só por aqui como por aí também. Logo a gente tá perto de novo. Te amo um tantão.




Juliana, Lars, Taus, Sørn e Jacob. Os tres últimos moram comigo. Na mesa, ve-se o porco, o molho dece e marrom, as batatas e a cenoura roxa. Apesar de estar sol, sao quase 21h.




Praia de Møesgård. Mó solzao, as véia só no topless e os brazucas de calca e bota.






Lá na Den Gamle By, na casa do relojoeiro. Altos maquinários interessantes da época do onça.






Outra da Den Gamle By. Eu e o cara do realejo. Conhecido de todos.





E essa é a Tuborg. Tipo a Skolzona dso caras aqui. O riozinho que eu falei tá tras da gente.

3 comentários:

Anônimo disse...

Faaaaaala Pirukão!!

A viajem tá sendo boa hein...
Anota o nome das cervas aí, pra gente experimentar aqui, e manera na pinga com os gringos aí senão vc vai ter que encarar o scotch 80º austríaco, esse aí lembra o Te´pitado de cusco!
Se cuida e aguardo mais postagens, abração!

Anônimo disse...

Olá Thales,
Estou vendo que seu estágio está rendendo que nem o meu..
Por aqui também tem esses nórdicos engraçados e tomando caipirinha.. A sua idéia de comercializar este produto não me parece má idéia, já que não conseguimos vender shampoo..
Te cuida, e bom trabalho por aí..
Abraços..

Anônimo disse...

Olá Thales,
Estou muito feliz por você e acredito no seu sucesso.
A "Dina" é 10!
Um beijo, te amo.