sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Nápoles é um caos diboa.

Logo que cheguei em Nápoles, 13/11, a impressão foi a de chegar numa boca-quente em Sampa. Cidade grande, cheia de carros e meio que suja também. Eu e o americano do barco fomos pruma internet e depois resolvemos comer uma pizza já que cada um ia pro seu lado. A propósito, pizza é um invenção napolitana.

Entramos numa pizzaria perto da estação mesmo e o Pepe veio nos atender. Sentamos na mesa e eu vi a mesa de antepasto, cheia de camarão e frutos do "mare". Comentei com o americano que eu gostava pra caramba daquilo. Num é que o pepe me obrigou a ir lá e me servir de qualquer jeito. Então resolvi entrar na brincadeira e peguei mesmo tudo que eu queria. Mas o americano, coitado, foi obrigado a se servir também, e pior que ele tinha me falado que nem gostava daquilo. Tava uma delícia de qualquer maneira, a pizza também. Foda foi que o safado do Pepe nos cobrou 10 euros por cabeça pelo antepasto. E ainda exigiu serviço. Tudo bem, resolvemos dar 10%, e pedimos para ele deduzir da conta. Mas não contente, o Pepe ainda me fodeu mais uma vez. Eu não tinha trocado então paguei a conta, e o americano me passou váááárias moedas que ele tinha. Eu peguei as moedas e deixei no canto da mesa enquanto guardava meus documentos. Nisso me volta o pepe com o troco e naturalmente passa a mão nas moedas e guarda no bolso. Era muita moeda, cara. Era tipo uns 3 euros e meio, mas muita moeda. Na hora fiquei sem reação. Dei risada e mandei um que-se-dane. Mas depois me arrependi, devia ter dado um tapa na mão do safado.

De qualquer maneira, peguei o tremzao suburbano e fui pra casa do meu anfitrião do couchsurfing, o Luciano. Era tipo uma república, com 4 caras, não fosse o fato de eles não serem mais estudantes há uns 15 anos. Pessoal gente boa. Nessa mesma noite fomos pruma outra república no mesmo esquema, tipo num encontro semanal de amigos. E foi lá que descobri de onde vem o Brasileiro. Esse povo italiano, quando entre eles, é muito parecido com o nosso. Era como se fosse eu e meus amigos brasileiros conversando. Sempre alguém zoando alguém, sacaneando, falando dos outros, essas coisas, hehehehe. Isso que eu não tava entendendo nada, porque eles só falavam o napolitano, que é um dialeto e segundo eles, bem diferente do italiano comum.

Dia seguinte fui conhecer a cidade. Me lembrou "O Cortiço". Ruelinhas pequenas, negações a leis de trânsito e vespa pra tudo quanto é lado. Mas é legal mesmo assim, pelo menos à um turista. Comi um macarrão com vôngole delicioso no almoço e uma pizza de margherita idem na janta. Todas as pizzas que eu comi aqui na itália até agora são muito, muito boas, cara. Até para um paulistano. Visitei igrejas e etc. O típico passeio a pé por uma cidade italiana. Na noite foi da hora. Fomos a um barzinho tomar uma cerveja. Mas o legal é que eu fui na garupa da Vespinha do Luciano. Isso já seria legal, mas louco mesmo e andar de garupa numa vespinha pelas ruas de Nápoles. Cara, que loucura. Pra você imaginar: pega a malha viária de Viçosa, diminua só um pouquinho a inclinação dos morros, mas transforma todas as ruas numa rua tipo aquela que liga Mariana a Ouro Preto, e você tem Nápoles. Você nunca sabe aonde uma rua vai parar, tem que ficar desviando de cachorro, bêbado, carro e mais vespa à rodo. Então o ideal é ir pelas calçadas, meio de parques e etc, uhauhauhau. E o Luciano ia lá, subindo e descendo guias. Foi mais pra uma aventura. Da hora.

Dia seguinte fui à Pompéia. Aí sim foi louco. Era uma cidade datada de mais de dois mil anos atrás, mas que foi destruída por uma erupção do vulcão Vesúvio, no século I. Tem muita coisa preservada, porém. Os caras eram realmente fodas naquele tempo. Tinham até uma caixa dágua, de onde era distribuída água para banhos e eventuais abastecimentos pela cidade. Valeu demais a visita.

Dia seguinte amanheceu chovendo muito. Mas fui pra Roma mesmo assim. Dei sorte, porque lá o tempo estava ótimo. Depois conto. É issoaí, galera, finalmente rumo a "europa tradicional. Vamos ver o que sai daqui. Beijo pra todo mundo.

Como bom paulistano, presto reverência aos criadores da pizza, os napolitanos. Apesar que a pizza que eles tem aqui é sempre Marguerita. Aqui não existe a Napolitana!!

Essa é a lembrança mais viva de Nápoli! Um cortição! Andar por essas ruelinhas é divertido à beça.

O Forte-Convento-Castelo-Porto-Seminário-e-sei-lá-o-que-mais-hoje-Museu à beira do mar de Capri.

Buracos de bala de canhão na sua parede!



O famoso Teatro de pompéia, onde o Pink Floyd gravou um show naqueles anos passados para 7 roadies e 3 turistas doidões que foram tidos como malucos até o vídeo cair no youtube!!
Agora dentro dele.

Os moradores de Pompéia fossilizados pelo Vulcão. tem múmia assim espalhado por toda à cidade.

Mais um teatro legal de 2000 anos atrás com engenharia e acústica perfeita (dizem).


O vesúvio matador ao fundo, com sua cidade devastada abaixo e esses argentinos legais que a gent conhece na viagem e fazem poses estranhas na hora de tirar foto.


Momento Miagy. Lembrando-se dos ensinamentos do Mestre.

Top 3 Cidades:
1 – Berlim
2 – Istanbul
3 – Copenhaguen

Top 3 Passeios:
1 – Tour em Berlim
2 – Castelos da Romênia
3 – Visita à cidade de Pompéia

Top 3 Kebab:
1 – Atenas, com batata-frita, iogurte e cheio de recheio
2 – Copenhaguen, com coalhada seca e kibe.
3 – Aarhus, com molho de alho

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